Do teto invisível . 2013

INSTALAÇÃO (2013)

 

palavras-chave: rede . visibilidade . campos eletromagnéticos . meta-identidade . interação . espaço físico . ondas hertzianas . instabilidade . campos invisíveis

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O projeto busca formas de ver o uso de aparelhos celulares em atividades em espaços de circulação e as intensidades de fluxos invisíveis ao nosso olhar. A rede que se forma no espaço aéreo é uma forma de ver esses campos que nos rodeiam, e que de alguma forma influenciam nossos corpos.

 

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montagem de Do Teto Invisível no CCBB

 

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testes com fibra ótica (montagem de Do Teto Invisível no CCBB)

conceitos

O sistema proposto para a instalação Do Teto Invisível tem origem em discussões em torno do comportamento das ondas eletromagnéticas e campos de radiofrequência gerados por celulares, redes wi-fi, transmissão de TV, telefones sem fio e energia elétrica, que cada vez mais nos cercam e nos envolvem. Apesar de geradores de informações, são campos invisíveis e muito pouco perceptíveis para a maioria das pessoas. De fato, sabemos muito pouco sobre a o comportamento desses sinais num dado ambiente e especula-se muito sobre seus efeitos em nossas vidas, independente do “conteúdo” gerado.

Presumimos sua maior ou menor intensidade em função da presença visível de determinados equipamentos (computadores ou celulares por exemplo), mas a maior parte desses sinais é difícil de ser detectada.

Funcionando como um preambulo simbólico para a exposição Virei Viral, o projeto DO TETO INVISÍVEL busca formas de “enxergar” o que acontece no espaço aéreo tornando visível uma parte do espectro de interferências produzidas por telefones celulares, o mais popular dos indutores de campos eletromagnéticos. O projeto parte do princípio de que é a partir da rede móvel formada por celulares que surgem, em questão de minutos, interações reativas na internet, produzindo fenômenos virais que disparam a popularidade de vídeos, hashtags, ou “likes” nos canais sociais que se alastraram pelo mundo.

As radiações de radiofrequência produzidas por telefones celulares são um dentre os vários tipos de campos eletromagnéticos. Tomar conhecimento da existência desses campos, e imaginar o que eles disparam, pode se tornar uma perspectiva de conscientização, produzida pela aspecto metafórico dessas linhas de força, em uma leitura também efetiva de sua intensidade no espaço da exposição Virei Viral.

 

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a instalação

 

A instalação consiste na montagem de uma trama de linhas luminosos no espaço aéreo da exposição. A ideia é construir uma rede física, formada estruturalmente por cabos de aço finos, que se expande a partir das paredes no espaço disponível. Tendo as linhas desse cabeamento como suporte, são “desenhadas” formas sugestivas de ondas, com o uso de fibras óticas de espessas e do tipo “side-light”, como se essa rede de radiofrequências estivessem literalmente nos envolvendo no espaço (e que de fato, estão).

Menos como um emaranhado e mais como diagramas, essas linhas formadas por fios de fibra ótica (de 3mm cada) devem reproduzir um espectro visual apresentado numa tela LCD (uma TV 42″) posicionada no espaço do saguão. Esse espectro visual ou gráfico reflete o sinal que é medido por um aparelho denominado “cell phone detector”, calibrado para buscar ondas na frequência mais específica de uso dos aparelhos celulares. Temos assim duas formas de representação visual que se complementam, tornando compreensível as medições de sinal feitas pelo “cell phone detector”.

Um sistema de som completa as informações percebidas no ambiente, pontuando as gradações cromáticas e comentando (arquivos de áudio) a intensidade do sinal medido.

 

documentação em vídeo:

https://vimeo.com/147886905

 

ficha técnica:

 

Concepção, autoria: Lucas Bambozzi

Desenvolvimento tecnológico: Radames Ajna

Desenho técnico: Leonardo Ceolin

Assistência e produção em São Paulo: Larissa Alves

Produção geral: equipe Virei Viral

 

componentes:

 

_360 metros de fibra ótica do tipo side-light que se acendem nas cores verde, amarelo e vermelho, formando uma trama desenhada no espaço;

_placa Arduino;

_detector de campos eletromagnéticos;

_macmini i5

_tela LCD 40″ para visualização de gráfico;

_sistema de som estéreo;

 

histórico, referencias

 

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protótipo do sistema formado por placa Arduino e um modelo do Cell Phone Detector, que registra frequências específicas de operação de celulares

 

O presente projeto tem como base conceitual, tecnológica e prática os seguintes projetos (desenvolvidos por Lucas Bambozzi e parceiros) que tratam de questões correlatas, tais como : obsolescência, tecnologia celular, mídias móveis, redes, campos eletromagnéticos.

 

Da Obsolescência Programada (2009)

http://www.lucasbambozzi.net/index.php/projetosprojects/crash/

 

Mobile Crash (2010)

http://www.lucasbambozzi.net/index.php/projetosprojects/mobile-crash/

[Prêmio Ars Electronica – Linz]

 

Mobile Crash v2 – Obsolescence Trimmer (2012)

http://www.lucasbambozzi.net/index.php/projetosprojects/mobile-crash-v2-obsolescence-trimmer/

 

Das coisas quebradas (2012)

Máquina de consolidação de obsolescência a partir de campos eletromagnéticos)

http://www.lucasbambozzi.net/index.php/projetosprojects/das-coisas-quebradas/

 

Imagens gerais da instalação:

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