Da obsolescência programada . 2009

Da Obsolescência Programada, in 3 Acts was conceived as a live audiovisual performance, in 3 acts, portraying situations in which obsolescence is melted into contemporary society. 

crash_fita vhs

The live performance was premièred at ON_OFF festival, Itau Cultural, on July 23, 2009 in São Paulo. It received many invitations for featuring at festivals such as Transitio (Mexico DF), Continuum (Recife) and other respected events. It was presented at Vivo arte.mov 2009, in Belo Horizonte and recently at Instante Festival, Sesc Campinas.  The third part of the performance (the Act 3) was later presented as an installation (Mobile Crash, premiered at Espacio Fundación Telefonica, in Buenos Aires)

 

VIVO ARTE MOV - "Da obsolência programada em 3 atos" com Lucas Bambozzi, Jarbas Jácome e Paulo Beto no palco live image. 13/11/2009. FOTO ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA

VIVO ARTE MOV - "Da obsolência programada em 3 atos" com Lucas Bambozzi, Jarbas Jácome e Paulo Beto no palco live image. 13/11/2009. FOTO ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA
Festival ARTE MOV – “Da obsolência programada em 3 atos” com Lucas Bambozzi, Jarbas Jácome e Paulo Beto no palco live image. 13/11/2009. Foto ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA
VIVO ARTE MOV - "Da obsolência programada em 3 atos" com Lucas Bambozzi, Jarbas Jácome e Paulo Beto no palco live image. 13/11/2009. FOTO ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA
Festival ARTE MOV – Interações do público com celulares. Foto ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA
VIVO ARTE MOV - "Da obsolência programada em 3 atos" com Lucas Bambozzi, Jarbas Jácome e Paulo Beto no palco live image. 13/11/2009. FOTO ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA
Festival ARTE MOV – o público é visto por uma câmera posicionada acima do palco, viabilizando as interações . 13/11/2009. Folo ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA

Performance description:

Act 1: Illusion

The first part of the presentation includes an experiment in which the audience is asked for participation: the people entering the theater are invited to leave their cell phones switched on. In the beginning of the presentation, the audience will be encouraged (through texts projected on the screen) to raise their arms while holding their cell phones with their lit displays turned upwards. A camera placed at the top of the stage captures the lights of the devices and transmits them to a semi-opaque black screen downstage, thus working as a reverberation of the audience’s actions. The people notice the interaction as they move and their motions are seen on the screen before them. The interactors’ actions become gradually less effective and the lights projected increasingly gain their own motions, turning into drawings and patterns as they respond now to the music beats. Little by little, the upstage screens light up and the images, either abstract and/or graphic, are accompanied by sounds. Their synchronism also affects the images projected on the black screen downstage. The audience can track the motions of the cell phones and cameras by the Vimus software, developed by Jarbas Jacome, in a blob detection process (pixel-recognition of regions of the image) as it happens in multi-touch screens.

Act 2: Consumption

The second part of the performance establishes a progressive dialog between the images projected on the white screens upstage and those displayed on the front black screen downstage. There is an ongoing development along this way with no meaningful interruption. The images, once abstract, appear with more explicit figurative outlines, reminding attempts of constant organization and deconstruction – they may, for instance, refer to deteriorated structures, anachronistic situations or yet situations of abandonment. The images work as patterns to unleash sounds (either using geometric shapes or contrast or mapping relations of the motion of the images themselves). Here is where the parameters of the scenes may also change by means of interventions of music instruments.

Act 3: Determination

The images of this act comprise footage showing the systematic destruction (with a hammer) of a series of technological items, most of them obsolete or nearing obsolescence — media such as floppy disks, VHS tapes, wireless telephones, printer cartridges, cell phones, computer keyboards, printers, light bulbs, and others. All of them are broken to pieces and produce a strong and typical sound of the material they are made of. It may be the desire of many to be on stage holding the hammer seeking to achieve a catharsis, a little revenge owing to the fact that people consume so many technological devices that will not be around for long in their lives. Over 100 sequences of such short footage (two- to six-second length, recorded in high definition) are manipulated with audio and video synchronism in a sort of duel or opposition formed by the two white screens upstage.

crew

 

Paulo Beto

Sound design, music, and rhythm accompaniment synchronized with images

Jarbas Jacome

Vimus and Pure Data programming, interactive system manipulation, and electric guitar interferences

Lucas Bambozzi

Direction and general coordination, image production and manipulation and duel between screens

 

a test for staging the work as a live performance set

full documentation [@ON_OFF]

 


 

texto em Português:

DA OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA, EM 3 ATOS

Lucas Bambozzi . Paulo Beto . Jarbas Jacome

VIVO ARTE MOV - "Da obsolência programada em 3 atos" com Lucas Bambozzi, Jarbas Jácome e Paulo Beto no palco live image. 13/11/2009. FOTO ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA
VIVO ARTE MOV – “Da obsolência programada em 3 atos” com Lucas Bambozzi, Jarbas Jácome e Paulo Beto no palco live image. 13/11/2009. FOTO ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA

proposta e rider técnico

 

ato 1: ilusão

duração aproximada: 10 minutos

A primeira parte da apresentação envolve uma experiência de mediação com o público: as pessoas que adentram no teatro são convidadas a deixarem seus aparelhos celulares e/ou câmeras fotográficas digitais ligadas. No início da apresentação o público será incitado (através de um texto projetado nas telas) a levantar seus braços com os celulares, mostrando os displays acesos voltados para cima. Uma câmera posicionada no alto do palco capta as luzes dos aparelhos e as transmite para uma tela vazada (voil preto ou tela profissional Rosco) que cobre a ‘boca-de-cena’, funcionando como uma reverberação das ações do público – que percebe a interação na medida em que faz movimentos, vistos na tela à sua frente. Aos poucos as ações dos interatores vão resultando em gráficos e formas visuais autônomas e as luzes projetadas vão ganhando movimentos próprios, que respondem agora às pulsações dos graves e agudos da música.

O processo de rastreamento dos movimentos dos celulares e câmeras (isqueiros inclusive) pelo público é feito através do software Vimus, desenvolvido por Jarbas Jacome em um processo de “blob detection” (detecção ou rotulação de regiões da imagem) numa técnica semelhante à utilizada em telas do tipo multitouch.

ato 2: organização e consumo

duração aproximada: 12 minutos

A segunda parte da apresentação se inicia em sobreposição aos gráficos projetados na tela preta. Nesse momento, as telas do fundo se acendem e a imagem é composta por uma sucessão de linhas horizontais, como se fossem desenhadas em sua própria constituição por varreduras. As linhas são acompanhadas de ruídos, em sincronismo que ainda afetam as imagens projetadas na tela preta frontal.

Inicia-se um diálogo entre as imagens projetadas nas telas brancas do fundo e as imagens projetadas na tela preta vazada frontal. Há um desenvolvimento contínuo nesse percurso e as poucos permanecem apenas as imagens nas telas do fundo. As imagens, antes mais abstratas, ganham contornos figurativos mais explícitos, remetendo a tentativas de constante ordenação e desconstrução – podendo por exemplo, fazer referência a estruturas deterioradas, situações anacrônicas ou ainda situações de abandono ou precariedade tecnológica. As imagens funcionam como padrões para o desencadeamento de sons (seja a partir de formas geométricas, relações de contraste ou mapeamento do movimento nas próprias imagens).

ato 3: determinação

duração aproximada: 10 minutos

As imagens deste ato consistem em seqüências que registram a destruição sistemática (através de um martelo) de uma série de produtos tecnológicos, a maioria deles obsoletos ou beirando a obsolescência — mídias como floppy disks, fitas VHS, telefones sem fio, cartuchos de impressora, celulares, teclados de computador, impressoras, lâmpadas e outros.

Todos eles vão sendo quebrados, e um a um, vão produzindo um som forte e característico do material do qual são feitos. Pode ser o desejo de muitos estar ali segurando o martelo, em busca de alguma ‘catarse’. Ou em uma operação de desafio e ‘desforra’, uma pequena vingança por conta de consumirmos tantos produtos tecnológicos que vão durar muito pouco em nossas vidas.

São mais de 100 sequencias de vídeo distintas, gravadas em alta definição (em sutil slow-motion de 60p) com duração entre 2 e 6 segundos, que são manipuladas com sincronismo de áudio e vídeo, em uma espécie de duelo ou embate, formado pelas duas telas brancas ao fundo.

participantes e funções:

o projeto pensado originalmente envolve a seguinte equipe:

Paulo Beto: direção musical e design sonoro, música e acompanhamento rítmico sincronizado com imagens;

Jarbas Jacome: programação em Vimus e Pure Data, manipulação de sistema interativo e interferências visuais;

Lucas Bambozzi: direção de imagens produção e manipulação de imagens e duelo entre telas;

 

necessidades técnicas:

_2 projetores de 3.500 ANSI lumens formando 2 telas, uma ao lado da outra — no formato 4×3 cada uma, na dimensão aproximada de 3.89 x 2.90 metros.

_1 projetor de 4.000 ANSI lumens formando imagem na boca de palco em projeção sobre ‘voil’ preto ou tela Rosco preta;

_1 chaveador do tipo Matrix ou switch on-off de sinal VGA

_Mac Pro ou iMac Intel com adaptador para sinal composto (S-Video ou RCA)

 

áudio:

_mesa de 16 canais com efeitos

_PA de alta potência para shows

 

logística:

_passagem e estadia para os integrantes;

_fees artísticos;

 

equipamentos fornecidos:

_câmera para tracking do movimento dos celulares (Lucas)

_interface Matrox TripleHead2Go (Lucas)

_laptop Macbook Pro (Paulo Beto e Lucas)

_licenca de software Modul8 2.6 (Paulo Beto e Lucas)

_1 Notebook Intel Core Duo – Windows XP (Jarbas)

_interfaces Midi (Paulo Beto e Lucas)

_tela Rosco preta ou em “voil” ou lycra (preta) com dimensões de aproximadamente 7m x 4m (solicitar disponibilidade de tela existente);

obs: o cálculo de um total estimado depende da disponibilidade de uso de determinados equipamentos e/ou recursos pelo centro onde acontece o evento. Eventuais soluções técnicas que possam eliminar alguns dos custos listados poderão ser discutidos oportunamente.

 

disposição das telas:

plantas_obsolescencia1

corte lateral do palco e platéia/público (teatro do Itaú Cultural):

plantas_obsolescencia2 

 

diagrama de conexões:

plantas_obsolescencia3

_pode ser considerada ou não a necessidade de um switcher com sinal composto’

_um chaveador de video VGA é necessário (idealmente do tipo Matrix que subsitui no desenho o switch V8);

 

 

 

 

 

Paulo Beto e Lucas Bambozzi

 

a equipe por detrás da tela frontal
duelo de quebradeira na tela dupla (pictures above by Edouard Fraipont)
plugins premium WordPress